2 de nov. de 2016

Epifania



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querido


sei bem que não te amo,
mesmo quando te chamo assim
guardo teu olhar e meu susto
num frasco

o vidro reflete essa coisa nua e estranha
repetes no escuro o que já sei. 

Não te amo, amor

recitas cantilenas febris e obedeço à calma
traças amarras rendadas nos meus lábios
mas são teus olhos, honey.

não te amo.

agendamos ao acaso esse desencontro, essa fome
nisso concordamos. Carne, alguma alma e tuas mãos
esparramadas no prato minhas novenas cifradas

é libertador não te amar, Love.
 Confesso.
pode comer essa menina fosca, essa ninfa
essa estranha que entrevejo e amo

e só aparece nos teus olhos.


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2 comentários:

  1. Rosa,

    realmente a sensualidade é o ponto alto da sua poesia. Mas também chama a atenção essa liberdade, esse jeito de se mostrar desnuda.
    Te incentivo e aguardo novos poemas...

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  2. Obrigada, Renê. Os poemas saem assim e a inspiração vai e volta, mas há muitos poemas espalhados pelo blog. Agradeço pela leitura e pelo comentário. Bom dia.

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