4 de dez. de 2015

Quebra cabeças




O Silêncio
Preenche os espaços
Entre as palavras interditas

Sonhos insones
Levam-me até você


Seus olhos
São fogueiras
Nas praias do tempo....

Cansados de me ver
Esgotados e esquecidos
Doidos por partir


Você sabe
Sou o caos
Por isso foge

Eu te busco
Resgato
Sempre

Preciso do teu olhar


Quero me aninhar....
No silencio das fogueiras.
Que são seus seios brancos.


Insiste um pouco mais
Visita meus sonhos
Monta as peças.

Arrisca teorias
Diz bobagens
Conta as mentiras delicadas
De que gosto tanto


Sou o caos
Ou talvez o cais
Não sou nada
Apenas minto...


Crio sonhos...
E você finge acreditar.

27 de nov. de 2015

apneia

Te vi na janela
distante e afogado
exibindo tua pequena morte
caí em apneia,
sem escafandro ,
mergulhada na multidão...
pasmada no meio-de-campo
mergulhada naquela banheira

2 de out. de 2015

pessoa



Eu devia ser uma pessoa
é o que suponho

O espelho reflete:
 olhos bisonhos

desconexos amontoados de palavras

Pareço uma pessoa
é o que suponho

A fotografia psicografa :
Mulher em transe!

Transida de sonhos.

Pareço ser uma pessoa
suponho..

11 de ago. de 2015

Ocaso


Nuvens violentas tingem o céu. Avalio. Janela aberta. Olho para baixo. Quarto andar. Vertigem. É pouco. Sujeira. Dor demais. Desisto. O frasco sorri no armário. Limpo e indolor. Decidido. Limpo e indolor.