2 de nov. de 2016

poesias ocas


fecho meus olhos
ninguém me vê
escondo-me

confortável no negrume

tua voz morde minha orelha
é vicio que desliza
trazendo correntes
de fantasmas vazios

farfalham no escuro
ecos dessas conversas

poesias ocas esquecidas
ressonam pelos cantos
acalentam meus terrores

desisto e desentendo
aprumo frágeis paliçadas

idéias chegam e fogem
rápidas e tesas

razões pouco razoáveis
sussurram teu nome

respiro fundo

- Muralhas seriam melhores

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