1 de out. de 2016

A escuridão sorri






É tarde. A escuridão sorri
bate na outra vidraça.

Prece insone,
pancadas aflitas

Um velho código,
suave e insistente.
Palavras antigas
ditas nessa língua
que eu devasso.

É tarde e esse breu goteja
dos teus olhos tristonhos,
junto com a neblina fulva
que rasteja do teu sorriso.

É tarde e ouço o mantra
com que roubas os risos.
Aqueles guardados na bruma,
que bafeja a vidraça
enquanto teus medos
vagueiam enluarados.

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