ainda ontem te vi
não era exatamente você
era teu nome
flutuando na claridade
salpicado de tormentas
ainda há pouco te vi
e estavas nu
não você, era teu nome
bailando ao vento
em desvario
ainda ontem te vi
e já nem doeu
teu nome vagava
belamente desnudo de você
não se apoquente
era só um nome que eu rabisco
nessas tardes lassas
em que morrem palavras
delicadas e nossas
ainda há pouco te vi e
corri para o abrigo de papel
fechei os olhos mas ainda ouvi
um eco perdido de avalanches mortas
eu secreto lenimentos corrosivos
sobre os liames da tua língua predatória
enquanto sigo lendo nas entrelinhas das ausências
Lindo poesa e blog mto bem produzido parabens...
ResponderExcluirqndo tiver um tempo visita lah o meu...
Poema belamente inspirado! A fuga para o abrigo de papel nem sempre é solução para os males do poeta... Mas fazer o quê? É o hábito. :)
ResponderExcluirAo deambular pela net encontrei o seu Bloge e adorei a sua poesia. Ailime
ResponderExcluirAndo sumida do Blog. Acácio pode colar o link do blog aqui?
ResponderExcluirO papel é meu santuário, Pedro.
Ailime, "deambular" é uma palavra linda. Obrigada por vir e por me dizer que gostou.