11 de fev. de 2024

inominável





ela ri comigo
desenhamos juntas
runas na pele nua

gemidos se erguem
cânticos de fauno e fada
ciciar sem nome

tecelã de mim
desfolho o mantra
dança de sonho

os poetas desdenham
minhas rimas internas
gostam de malabarismos

línguas incessantes
contar as sílabas
dez a cada manhã

diz uma das deusas
e que os nove te protejam
ergue tua capa

empunha a espada
cicia teus cantos
desenha tua runa na pele
defende mente, corpo e espírito
reza nosso verso sagrado

Poema de Rosa Cardoso

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