faz tanto tempo, meu pequeno
leio tuas entrelinhas gritadas
e me escondo nos entremeios
protegida pelos símbolos
escorrego na tua língua
uma imagem quieta e perdida
nessa retina cansada
há tantas nuvens, meu menino
e a chuva caindo
sobre teu sorriso de quem desentende
e se surpreende
com esses barcos desencontrados
a poesia,essa menina danada
trepada num galho
recita versos que caem no meu colo
enquanto durmo
recito teu novenário
feito de sorrisos distraídos e àvaros
sonhos de praia perdida
teus olhos sussurram
deslizam céu e mar
eu presto atenção
mão no queixo
soletrando pelo dia
tuas palavras avessas
construo barquinhos de papel
de versos esquecidos
que guardo bem na curva
perto da aurora
...aquela que não te dei
(rosa cardoso)
não me canso de ler esse poema, Rosa!
ResponderExcluirObrigada, Celso.
ResponderExcluirPosso aqui dizer que gostei muito dos dois posts anteriores; mais, o próximo primeiro.
ResponderExcluirPosso aqui dizer, neste comentário, que esse poema, ora em comento, Novenário Torto, é uma obra de arte; uma Obra-Prima; Ou, quem sabe, uma belíssima poesia que esteve escondida entre os versos entremeado entre as prosas que, de ti, brotam feito flores na Primavera, de um modo assim, como se aqui houvesse Primavera.
bj,
Felizes Inspirações.
Lustato Tenterrara
Quisera Eu, Ter um Pedaço de Ti
ResponderExcluirUtópico?
Não! É vero!
Lustato,obrigada pela visita, pelo comentário gentil, pelo poema e por me alçar ao posto de musa. Abraços, poeta.
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