5 de dez. de 2016

cinzelada



ergui essa escultura
cinzelada pelo medo
lavrada pelo grito

sem rumo, vazio


tua voz entalha essas falhas
santos escapam pelas beiras
ouvidos moucos me traem
tua pele rouca rasga a noite

navegamos perdidas
estátuas de sal
apuradas em pele sangue
e avaria

Para Camile.


http://contos-semnome.blogspot.com.br/2012/03/camille-claudel.html

Um comentário: