de iriene borges e rosa cardoso
.
Um não sei que de procela
soprou-me na boca do nada
e despenquei até fincar raízes
numa nesga de madrugada
Viajo nos reflexos da sarjeta
Musgo e violeta no assento detrás
Um bilhete e Silêncio no alforje
Trinam apenas estampas florais
Hortência no guichê número dois
sacou meu destino da impressora
Paredes e divisórias acinzentam
o viés lilás eleito para a aurora
Desarvoram meus cabelos
palavras de céu e ventania
soprando versos descaminhos
enquanto espero calmarias
Sonho com a caixa em que te guardo
Encanto
Revolto em pedraria
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário